Fernando André Ferreira, de 46 anos. Ele era piloto da aeronave que pertencia à Cooperativa de Crédito de Livre Admissão da Grande Goiânia Ltda, cujo filho é sócio fundador.
Lucio André Duarte, de 39 anos, natural de Passa Tempo (MG). Lucio era gerente da fazenda onde aconteceu o acidente. Ele era casado com Elaine Moraes Souza, que também morreu na queda do helicóptero.
Casal que trabalhava na fazenda estava em helicóptero que caiu no Sul de Minas. Foto: Redes sociais
Elaine Moraes Souza, de 37 anos. Ela atuava como auxiliar administrativo na fazenda. Elaine era casada com Lúcio Duarte. O casal tinha acabado de voltar de férias.
O nome das vítimas foi confirmado pelo dono e funcionários da fazenda e consta no boletim de ocorrência da Polícia Militar sobre o acidente. Uma perícia do Seripa (Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) está prevista para esta terça-feira (28) no local do acidente.
Segundo informações apuradas no local pelo repórter da EPTV, afiliada Globo, Guto Moreira, os corpos das vítimas já foram retirados do local do acidente e foram encaminhados para o IML de São Lourenço (MG) para serem submetidos a exames de necropsia e identificação.
A Força Aérea Brasileira informou ao g1 que investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA III), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), localizados no Rio de Janeiro (RJ), foram acionados para atender a ocorrência.
Na ação inicial, a FAB informou que são utilizadas técnicas específicas para a coleta e a confirmação de dados, a preservação dos elementos, a verificação inicial de danos causados à aeronave ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias à investigação.
A FAB ainda afirmou que a conclusão da investigação "terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade da ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes".
A Polícia Civil disse que apura as causas e circunstâncias do acidente.
O acidente
As mortes das três vítimas nesta segunda-feira (27) foram confirmadas pela Polícia Militar e pelo dono da fazenda. O dono da propriedade, Amauri Pinto Costa, disse por telefone à EPTV que os ocupantes da aeronave tinham saído no helicóptero para irem para uma outra fazenda e estavam retornando ao local de partida quando o acidente aconteceu.
As vítimas são o piloto da aeronave, identificado como Fernando André Ferreira; o gerente da fazenda, Lúcio André Duarte, de 39 anos; e a esposa dele, Elaine Moraes Souza, que era auxiliar administrativo da fazenda.
Ainda conforme o dono da fazenda, o acidente aconteceu por volta de 16h. Segundo ele, o piloto é de Goiânia. Ele prestava serviço de pulverização na fazenda. Ainda segundo Amauri Costa, as outras duas vítimas teriam embarcado no helicóptero a convite do piloto.
Não há informações sobre o que causou o acidente, mas funcionários da fazenda disseram à Polícia Militar que ouviram um barulho antes da queda do helicóptero, que era adaptado para pulverização de lavouras.
Segundo o boletim de ocorrência, funcionários da fazenda relataram para a PM que avistaram a aeronave tentando pousar e que, de repente, ela girou e bateu com a parte frontal contra o solo.
Ainda segundo informações do boletim de ocorrência, o filho do piloto e sócio da empresa que prestava o serviço de pulverização também estava na fazenda. Ele teria retirado o corpo do pai para evitar que ele fosse carbonizado.
Helicóptero era adaptado
O helicóptero Robinson modelo R44 II, prefixo PR-TIB, foi fabricado em 2009 e tinha capacidade para três passageiros. Ele era adaptado para fazer pulverização de lavouras.
Segundo o registro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave pertencia à Cooperativa de Crédito de Livre Admissão da Grande Goiânia Ltda e era operada por um piloto da HDG Escola de Aviação Civil.
Ainda conforme o registro, a aeronave tinha autorização para fazer voos noturnos e era especializado para trabalhos aeroagrícolas.
Segundo o sistema da Anac, a aeronave estava com operação negada para táxi aéreo (transporte comercial de passageiros), mas com situação de aeronavegabilidade "normal". Isso significa que o helicóptero poderia ser usado normalmente pelo dono, para fins particulares.