Veja linha do tempo do caso Anna Cecillya conforme informações da Polícia Civil:
Ana Cecillya tinha 9 anos, quando saiu para brincar dia 21 de janeiro, em Branquinha, e não foi mais vista.
A família começou a fazer buscas nas redes sociais e pela cidade para encontrar a criança, sem obter êxito.
No dia 24 de janeiro, a Gazetaweb noticiou o desaparecimento dela. Na ocasião, a mãe e a avó da criança informaram à TV Gazeta que ela tinha ido para uma rua que não costumava frequentar. A avó materna chegou a avistar a neta e ordenou que ela voltasse para casa, mas isso nunca aconteceu.
Foi somente no dia 26 de janeiro, no domingo, que o corpo de Anna Cecillya foi encontrado, em avançado estado de decomposição. O local é de difícil acesso e fica no Conjunto Raimundo Nonato. O resgate pelo corpo contou com a ajuda da população e da guarda municipal da cidade.
O Instituto Médico Legal foi acionado. Segundo a perita criminal Jana Kelly, do Instituto de Criminalística de Maceió, o corpo foi encontrado em um córrego de aproximadamente 60 cm de profundidade e 60 cm de largura, coberto por vegetação densa.
Segundo relatos, a vítima estava vestida com as mesmas roupas com que foi vista pela última vez, antes de desaparecer.
Imagens divulgadas mostram os últimos momentos de Anna Cecillya. A menina caminha sozinha pela rua, sobe uma calçada, continua andando e olhando para trás. Em seguida, ela some da câmera e não é mais vista.
Nessa segunda-feira (27), duas pessoas foram levadas à delegacia, apontadas pela Polícia Civil de participarem da morte da menina: um adolescente de 17 anos, vizinho da vítima e que ficou apreendido, e um jovem de 19 anos, que acabou sendo preso.
O jovem se relacionava virtualmente há 15 dias com uma das tias de Anna Cecillya. Ele é de Goiás e teria vindo para Alagoas para morar com a mulher. Segundo o delegado da cidade, Mario Jorge Marinho, fazia pouco mais de 20 dias que o homem tinha chegado a Alagoas até que o crime aconteceu.
Em interrogatório, apenas o adolescente confessou o crime e deu detalhes.
Segundo o adolescente, no dia em que a menina desapareceu, o maior de idade o obrigou a chamar a criança, ameaçando-o de morte. O homem aguardava em um campo, próximo a um cercado, e também perto de onde ocorreu a ação.
O adolescente disse que chamou a criança, dizendo para ela “pegar um negócio”. “A criança foi movida pela curiosidade”, disse o delegado Thales Araújo.
Ao chegar ao local, o adolescente disse que o homem o ordenou a estuprar Anna Cecillya, mas ele se negou. No entanto, foi agredido na boca. Na confissão, o adolescente diz que foi obrigado e, por isso, violentou a criança sexualmente.
Em seguida, o homem preso teria feito o mesmo. Depois de estuprá-la, o maior de idade teria ordenado que a criança vestisse a roupa e depois a golpeou na cabeça mais de uma vez, sendo o primeiro golpe na nuca e outros dois na face.
Sobre os golpes, a Polícia Civil afirma que a confissão do adolescente é compatível com os exames periciais realizados pela Polícia Científica no corpo da vítima.
O jovem de 19 anos, que nega participação no crime, foi preso em flagrante por corrupção de menores, estupro, homicídio e ocultação de cadáver. O adolescente pelos três últimos crimes.
Eles passaram por audiência de custódia, nesta terça-feira (28), e tiveram a prisão e a apreensão mantidas.
O suspeito maior de idade já tem uma passagem pela polícia por tráfico de drogas. O adolescente não tinha registro criminal, até então. Este último foi levado para uma unidade de internação.