O diretor médico do Hospital Rio Grande, Luiz Roberto Leite Fonseca, afirmou na tarde desta sexta-feira (11/4) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não tem condições de receber alta. O ex-mandatário está na unidade hospitalar, localizada em Natal, após passar mal durante agenda no interior do Rio Grande do Norte.

“Ele não tem condições de alta. Tem uma distensão abdominal, uma suboclusão intestinal, está em avaliação imagiológica. Não há indicação de intervenção cirúrgica de emergência. O quadro dele, após as medidas clínicas [como] a analgesia e passagem de sonda nasogástrica melhorou, e o tira da urgência. Agora a condição é clínica, manter dieta zero e observar o comportamento do intestino, hidratar e devolver eletrólitos”, disse o médico em coletiva.

Ainda de acordo com Luiz Fonseca, um andar inteiro do hospital foi reservado para Bolsonaro. “Por questões de segurança. Óbvio que a prerrogativa do cargo impõe esse tipo de medida, sem nenhum tipo de prejuízo ao funcionamento do hospital. A unidade tem mais de 330 leitos, então conseguimos fazer essa assistência sem mudar a rotina do hospital”, afirmou.

Questionado sobre como Bolsonaro tem se comportado, o diretor do hospital indicou que o ex-mandatário está bem e consciente: “O presidente é muito forte, mantém o bom humor todo o tempo, conversando com os médicos e com as famílias. Logicamente fica contrariado pelo desejo de cumprir os compromissos com a população, mas muito bem humorado”.

Ainda na coletiva, Fonseca afirmou que “foram tomadas as medidas para confirmar ou afastar a obstrução intestinal”, a suspeita inicial, que ainda “está em avaliação”. De acordo com pessoas próximas a Bolsonaro, o problema apresentado tem relação com a facada que ele recebeu em 2018, durante sua primeira campanha à Presidência da República.

Bolsonaro passou mal durante uma agenda com apoiadores em Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte. Ele foi transferido à capital potiguar num helicóptero disponibilizado pela governadora Fátima Bezerra (PT). Ao chegar em Natal, o ex-presidente foi acompanhado pelo próprio secretário estadual de saúde, o médico Alexandre Motta.

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