“Tentamos antecipar a negociação, apresentamos a pauta, insistimos por um diálogo com o governador para que, agora, na data-base, já fosse possível implantar o percentual e encaminhar as outras pendências, muitas delas, inclusive, são parte do acordo que finalizou a greve de 2023, mas não estão sendo cumpridos pela gestão. Mais uma vez vamos precisar parar as atividades, ocupar as ruas, para que Paulo Dantas compreenda a importância da educação e nos receba”, disse o presidente do Sinteal, Izael Ribeiro.
A paralisação foi definida pela categoria em assembleia realizada no dia 23 de abril, em frente ao Palácio do Governo, após a manifestação realizada em Maceió por conta do Dia Nacional da Paralisação em Defesa da Educação Pública. Iniciado o mês de maio, a assembleia deve definir, caso o governo estadual não sinalize com respostas até lá, uma agenda de luta para pressionar a abertura de negociações.
A pauta é extensa. Em se tratando de valorização dos profissionais, eles reivindicam reajuste Salarial de 10% para toda a categoria; atenção à saúde do trabalhador da educação; atualização nos valores do auxílio-alimentação e adicionais de Difícil Acesso e Difícil Lotação; equiparação na tabela de proventos dos aposentados e aposentadas; pagamento de dedicação exclusiva e alteração na legislação em relação à trava de mudança de nível 1 para gestão democrática.
Para garantir melhores condições de trabalho e funcionamento das escolas, entre outras coisas, eles cobram concurso público e aumento de carga horária dos profissionais efetivos para cobrir as carências de professores e funcionários da educação, melhoria na infraestrutura das escolas, transporte escolar, contratação de auxiliares de sala para alunos/as PCD’s e redução de carga horária para quem estiver cursando mestrado e/ou doutorado.
A última greve da rede estadual de educação de Alagoas, realizada em agosto de 2023, foi finalizada com grandes conquistas, como a implantação do vale-alimentação da categoria; a atualização do valor do difícil-acesso (que estava em R$ 100 há mais de 20 anos) e uma atualização histórica no Plano de Cargos e Carreiras, corrigindo algumas distorções. No entanto, segundo o Sinteal, o governo esqueceu os aposentados, que hoje estão recebendo valores abaixo do que profissionais com o mesmo tempo de carreira recebem.