Em um vídeo divulgado neste sábado (26), Mônica diz que saiu do fórum com a sensação de missão cumprida, mas disse que esperava mais. “A justiça foi feita pela metade”, disse ela com relação a pena dos dois condenados. “Ninguém saiu de lá vencedor… todos nós perdemos.”
Ela disse que fez sua parte e a sociedade também. “O Karlos Bruno vai para o presídio, vai passar pouco tempo e daqui a uns dias volta. A Mary Jane vai responder em liberdade. E a Roberta foi para nunca mais voltar”, diz.
Segundo o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), representado pelo promotor de Justiça Sitael Jones Lemos, os réus foram responsabilizados por homicídio triplamente qualificado, aborto provocado por terceiro, ocultação de cadáver e corrupção de menores. No entanto, no caso de Karlo Bruno, os crimes de ocultação e corrupção foram considerados prescritos por ele ter menos de 21 anos à época do crime.
O crime foi motivado pela não aceitação da gravidez por parte do pai da criança e namorado da jovem, Saullo de Thasso Araújo dos Santos, filho de Mary Jane. Roberta foi levada até uma rua próxima a um posto de saúde e morta por asfixia com um fio automotivo. O corpo foi enterrado na Praia do Pontal do Peba, no município de Piaçabuçu.
A ossada da jovem foi localizada apenas nove anos depois, após a mãe da vítima iniciar buscas no local. Ela encontrou parte dos restos mortais com o auxílio de uma retroescavadeira e acionou a polícia, que confirmou a identidade por exame pericial.
Durante o julgamento, oito testemunhas foram ouvidas. Saullo, inicialmente negando envolvimento, confessou o crime no tribunal, apontando Karlo Bruno como cúmplice. Mary Jane afirmou não ter conhecimento do plano.