O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) quer ouvir o atacante do Flamengo Bruno Henrique para concluir um inquérito que investiga apostas ilegais no Campeonato Brasileiro de 2023.

Conforme apuração da CNN, existe a acusação de que Bruno Henrique “agiu deliberadamente” durante uma disputa contra o Santos, em 1 de novembro de 2023, para ser punido pelo árbitro com um cartão visando possibilitar que familiares, que estavam cientes dessa intenção com antecedência, ganhassem dinheiro por meio de apostas esportivas.

O inquérito do MPDFT ocorre paralelamente a uma investigação da Polícia Federal, também sobre o assunto. A PF planeja concluir o caso em até 30 dias, segundo o que foi apurado pela CNN com fontes.

Em novembro do ano passado, Bruno Henrique foi alvo de uma operação do Gaeco-MPDFT e da Polícia Federal que tinha como objetivo cumprir 12 mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Vespasiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG). Na ocasião, além do atleta, o irmão dele, uma cunhada, uma prima e outras pessoas próximas também foram alvo da PF.

Os investigadores miram, agora, quatro novos apostadores que também teriam apostado em um cartão amarelo de Bruno Henrique, na partida contra o Santos.

As investigações apontam que sabendo que o jogador provocaria ao menos um dos cartões, seus parentes criaram, na véspera da partida, contas em casas de aposta virtual e realizaram palpites focando especificamente na punição do atleta, obtendo, assim, ganhos indevidos. Esse mesmo padrão de apostas dirigidas à perspectiva de que Bruno Henrique receberia um cartão durante a partida realizada em Brasília foi identificado nas contas dos outros investigados.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) chegou a produzir um comunicado com relatórios que indicavam um volume incomum e uma concentração de apostas realizadas em algumas plataformas prevendo que Bruno Henrique receberia um cartão durante a partida com o Santos.