O aumento das taxas sobre importações faz parte da estratégia de Trump para fortalecer a economia americana, incentivando a produção interna e reduzindo a dependência de produtos estrangeiros. O governo argumenta que os Estados Unidos são prejudicados nas relações comerciais e que a nova política busca equilibrar essa situação.
Uma das principais preocupações do mercado é a taxação de 25% sobre a importação de veículos estrangeiros, que entrará em vigor nesta quinta-feira (3). Além disso, produtos chineses, canadenses e mexicanos estão entre os mais visados pelo governo americano. Estima-se que as novas tarifas, em média, ficarão em torno de 20%.
O Brasil também pode ser afetado, especialmente nos setores de aço, alumínio e etanol. Desde o retorno de Trump à Casa Branca, as tarifas sobre a exportação desses produtos foram elevadas, gerando preocupação no governo brasileiro. O Ministério da Economia avalia a possibilidade de responder com aumento de taxas de importação em até 35% sem desrespeitar regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).
A medida de Trump gerou apreensão entre líderes mundiais e representantes econômicos, que aguardam a divulgação completa dos detalhes pelo governo americano. Alguns países estudam formas de retaliação, incluindo a aplicação de tarifas equivalentes sobre produtos americanos.
O Canadá, por exemplo, já impõe uma taxa de 250% sobre produtos lácteos dos Estados Unidos, o que pode motivar uma resposta similar por parte do governo Trump. O receio é que uma guerra comercial se intensifique, afetando ainda mais o cenário econômico global.
A Casa Branca confirmou que as tarifas entrarão em vigor imediatamente após o anúncio oficial. No entanto, Trump já sinalizou que algumas negociações podem ocorrer com parceiros comerciais estratégicos, o que pode resultar na flexibilização de algumas taxas.
O evento de divulgação das medidas está previsto para acontecer no Rose Garden, um dos jardins da sede do governo americano, e promete ser um dos momentos mais significativos da atual gestão.